Ao contrário do que acontece em outros desportos, na Fórmula 1, não são apenas os pilotos os que têm maior destaque nas equipas. Responsáveis por construir os carros mais eficientes, os engenheiros também se tornam nas grandes estrelas. Com profissionais bem conhecidos neste mercado, como Adrian Newey, da Red Bull, a concorrência das empresas para atrair os maiores talentos da engenharia é acérrima. As equipas contam com alguns dos maiores especialistas em aerodinâmica, baterias, motores, combustíveis, óleos, borrachas e muito mais. Para superar a concorrência, algumas equipas começaram a procurar engenheiros diretamente nas universidades. Na Renault Sport F1 e na Infiniti (propriedade da Renault-Nissan-Mitsubishi Alliance), há um programa desenhado especialmente com o objetivo de recrutar os melhores jovens engenheiros. Descrições do programa revelam que é um género de mistura de um reality show com uma entrevista de emprego, a mais difícil do mundo. Sete candidatos de sete localidades (Canadá, Europa, China, Ásia/Oceania, México, Oriente Médio e Estados Unidos) passam seis meses a trabalhar em projetos reais da Renault e da Infiniti. Os alunos são tão talentosos que acabam por trabalhar em grandes empresas. Alguns que passaram pelo programa foram trabalhar para a Renault, para outras equipas de Fórmula 1 e para grandes empresas de engenharia, como SpaceX, de Elon Musk. Em 2018, cerca de 12 mil estudantes candidataram-se às sete vagas. Além de um salário "competitivo", os vencedores recebem um subsídio para morar no Reino Unido e têm as despesas com a tramitação necessária para a aquisição do visto pagas.