Um dos mais fascinantes mistérios da Roma Antiga é a impressionante longevidade das construções. O betão romano continua firme e até fortalecido no tempo, enquanto as nossas misturas modernas corroem em poucas décadas.
O betão moderno é tipicamente feito com cimento, uma mistura de areia de sílica, pedra calcária, argila, giz e outros ingredientes fundidos. Pedaços de rocha e pedra são agregados a esta pasta. Este agregado tem que ser inerte, porque qualquer reação química indesejada pode causar fissuras no betão, provocando erosão e desmoronamento. É por isso que o betão não tem a longevidade das rochas naturais.
Mas não é assim que o betão romano funciona, que foi criado com cinzas vulcânicas, cal e água do mar, aproveitando uma reação química que os romanos poderiam ter observado em depósitos de cinzas vulcânicas naturalmente cimentadas, chamados tufo ou pedra-pões. Nessa mistura, os romanos adicionavam mais rocha vulcânica como agregado, o que continuava a reagir com o material, fazendo disso, um cimento muito mais durável.
"Os romanos criaram um betão que é parecido com uma rocha que prospera em troca química aberta com a água do mar. Os romanos tiveram sorte no tipo de material disponível que tinham disponível para trabalhar naquela época. Nós não temos essas rochas na grande parte do mundo." (Marie Jackson - Investigadora)