Estamos a viver tempos de
grande incerteza e inquietação.
Por segurança, muitos de nós estão em casa, mas para que tal seja possível, há quem tenha de continuar no terreno e entre estes, muitos engenheiros que permanecem nos seus postos de trabalho habituais, sujeitos a maiores riscos, para assegurar que continuamos a ter água potável, saneamento, recolha de resíduos, eletricidade, Internet, alimentos, medicamentos e tantos outros bens essenciais para que o país funcione.
Mas há também outras
atividades suspensas que não são passíveis de teletrabalho,
como a construção, que vão requerer medidas excecionais para a retoma da
normalidade e para a manutenção dos postos de trabalho. Sem produção não há receita e, pior que estar em casa, é estar em casa sem
poder trabalhar e com ansiedade quanto ao futuro profissional. Os nossos colegas que permanecem no terreno são verdadeiros heróis e os
que estão em casa sem poderem trabalhar merecem um reconhecimento muito
especial e a nossa solidariedade. Mas há mais formas de heroísmo: o exemplo de outras e outros colegas, em
teletrabalho, que ao mesmo tempo têm de cuidar de pais idosos e crianças, de
tratar da casa, de pôr comida na mesa e de manter o ânimo.
(oern.pt)