O nosso setor não consegue proporcionar soluções de teletrabalho ao conjunto de todos colaboradores. Neste momento existem falhas, por efeito cascata, das interrupções na Ásia. As cadeias logísticas estão ainda operacionais, mas com o agravar da situação, é de esperar que as falhas levem a ruturas. Já o estamos a sentir depois do anúncio do Presidente da República.
Por isso temos um grande desafio perante um cenário de aumento de constrangimentos. Os serviços municipais e muitos outros organismos essenciais para os negócios conseguirem operar estão fechados.
Pelo cumulativo de falhas na cadeia a montante, em breve, poderá ser difícil conseguir dar continuidade aos negócios para manter toda esta cadeia em laboração. Essas limitações podem levar a uma incapacidade de produção e sem produção, não existe receita, e sem receita a sustentabilidade fica em causa.
Pelo cumulativo de falhas na cadeia a montante, em breve, poderá ser difícil conseguir dar continuidade aos negócios para manter toda esta cadeia em laboração. Essas limitações podem levar a uma incapacidade de produção e sem produção, não existe receita, e sem receita a sustentabilidade fica em causa.
Existem dois setores com maior peso do custo da mão de obra sobre o produto das vendas: um é a construção e o grande retalho/distribuição.
A construção é um setor extremamente sensível às variações dos ciclos económicos. É um dos que mais contribui para o emprego quando existe investimento público e privado. É também aquele que deixa mais no desemprego quando surge uma crise.
A particularidade desta crise, é que não existem alternativas como no passado onde uma compressão do nosso mercado era resolvida com uma saída de profissionais para a vizinha Espanha, França entre outros mercados.
Na construção e no retalho, ambos operam com margens baixas e ambos mobilizam muitos profissionais, mas neste momento de crise as similaridades terminam aí.
Um cenário de paragem pode levar a ter de usar todos os instrumentos disponíveis (de flexibilidade contratual e apoios financeiros). Esperamos é que eles estejam disponíveis porque infelizmente a construção muitas vezes tem sido esquecida nas medidas.
Sentimos uma grande responsabilidade social para com os nossos colaboradores, por isso este é o momento que o sistema social central tem de estar disponível para assegurar a sua função.
Nós estamos a contribuir ativamente para manter a unidade da nossa comunidade perante esta fase difícil para todos. Mas estamos extremamente apreensivos com as medidas que têm sido anunciadas, porque notamos uma ausência sobre o nosso setor. Não vislumbramos como está a ser analisado o impacto e o apoio para o presente e na preparação do futuro.
O ciclo económico positivo foi demasiado curto para permitir a capitalização das empresas de construção.
Mas além de um aparente esquecimento da construção, outro aparente esquecimento preocupante é o enquadramento das grandes empresas.
A manutenção da cadeia económica, começando pelos bancos e o seu financiamento à atividade, é essencial para sustentar o nosso ecossistema. Mas a coordenação entre Governo e Empresas, o trabalho colaborativo entre ambos e o apoio às grandes empresas é a única solução para assegurar a unidade operacional necessária para reativar a economia de uma forma mais célere.
As grandes empresas são as maiores empregadoras (nós somos responsáveis por 4500 trabalhadores) e são elas que tem a organização, processos e sistemas para conseguir remobilizar de forma ordenada e coordenada as operações.
Enquanto a retoma no Turismo está dependente de alteração do sentimento de segurança da sociedade, e por isso não existe uma capacidade de previsão de data de retoma nem de intensidade, no caso do investimento público, esse acontece por decisão política.
A construção será o setor motor para o re-arranque da economia. Os pacotes de estímulo que foram anunciados pela comunidade europeia incidem sobre a obra pública.
Por isso não podemos ter apenas medidas concentradas nas pequenas e médias empresas. É necessário abraçar toda a cadeia desde as grandes ás pequenas. Todos vamos precisar de mais tempo e dinheiro.
O Grupo Casais é, atualmente, um dos maiores do setor da construção em Portugal, com uma grande diversidade de negócios, afirmando-se em áreas tão distintas como a Engenharia, Comércio, Indústria, Turismo, Imobiliária, Ambiente, Energia e Serviços, apresentando soluções “chave-na-mão” adequadas às expetativas dos clientes e parceiros de negócio.
Atualmente, o Grupo opera em 16 países: Portugal, Alemanha, Angola, Bélgica, Gibraltar, Holanda, França, Marrocos, Moçambique, Brasil, Qatar, Argélia, Reino Unido, Emirados Árabes, Espanha e Estados Unidos, mas da história da nossa internacionalização constam outros países como a Rússia, o Cazaquistão, a China e Cabo Verde.
Atualmente, o Grupo opera em 16 países: Portugal, Alemanha, Angola, Bélgica, Gibraltar, Holanda, França, Marrocos, Moçambique, Brasil, Qatar, Argélia, Reino Unido, Emirados Árabes, Espanha e Estados Unidos, mas da história da nossa internacionalização constam outros países como a Rússia, o Cazaquistão, a China e Cabo Verde.
António Carlos Rodrigues, CEO Grupo Casais e Delegado Distrital de Braga da Ordem dos Engenheiros – Região Norte
(haengenharia.pt)