Em 1970, de um total de 2,8 milhões de famílias, 35 mil viviam em barracas e 620 mil viviam em casas sobre-ocupadas.
A situação herdada do fascismo, em matéria de alojamento, pode avaliar-se na base dos seguintes indicadores conhecidos:
- déficit de 600 mil alojamentos
- 25% da população vivia sem condições de habitabilidade
- 52% não possuía abastecimento de água
- 53% não possuía energia eléctrica
- 60% não possuía rede de esgotos
- 67% não possuía instalações sanitárias
40% da população que vivia em condições precárias residia nos distritos de Lisboa e Porto, muita dela composta por migrantes rurais que haviam partido para as cidades em procura de melhores condições de vida.
Enquadrado no processo revolucionário iniciado em 1974, o Serviço de Apoio Ambulatório Local (SAAL) promoveu uma via alternativa para a resolução das carências de alojamento das classes populares, através da transformação e melhoramento dos seus bairros degradados. De Norte a Sul do país, moradores, quadros técnicos e entidades locais e estatais procuraram, num esforço intensivo e coletivo, dar voz, casa e cidade aos setores mais marginalizados da população.
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