quarta-feira, 30 de agosto de 2023

Gabão

Gabão 🇬🇦 O povo comemora nas ruas o Golpe Militar

O ex-presidente do Gabão, Omar Bongo, tinha 70 contas bancárias, 39 apartamentos, 2 Ferraris, 6 Mercedes Benz, 3 Porsches e um Bugatti na França. Governou por 42 anos (de 1967 a 2009). Seu filho, Ali Bongo, é presidente desde 2009. 


🇫🇷A França perde outra colónia na África Ocidental! Desta vez, é o Gabão 🇬🇦– um dos países forçados a usar o Franco CFA. O golpe militar livra-se da família de ditadores fantoches ocidentais que governa o Gabão há quase seis décadas, após os resultados controversos das eleições presidenciais e da internet ter sido desligada (eleições em países africanos ditos "democráticos" são bem complicadas). 

terça-feira, 29 de agosto de 2023

DJ Pe. Guilherme🔊

O Pe. Guilherme, ou DJ Pe. Guilherme tem revolucionado a forma como a sociedade olha para a música eletrónica (Techno) mas também a forma como muitos jovens olha para a Igreja Católica. A atuação deste DJ nas Jornadas Mundiais da Juventude decorridas no início do presente mês, no nosso país, foi viral. 🎧🎚️🎛️ Com o seu estilo religioso, nunca descurando a energia e incentivo ao seu público o Sr. Pe. DJ lá vai cativando os jovens e outro grupos etários para a música eletrónica mas também para a Igreja. 🙏👌 Ainda bem que os tempos vão mudando e as mentes vão evoluindo, na música e na Igreja e só desta forma a Igreja se aproximará e abrirá portas a Todos, Todos, Todos, Todos. 📿🗺️🌍🌎🌏 

terça-feira, 22 de agosto de 2023

2a. Lei de Newton

A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida e é produzida na direção de linha reta na qual aquela força é aplicada.”

Tempo de jogo ⚽

Tempo de Jogo - Isto tem de mudar!!!!! 
Dou este exemplo da foto, do jogo de ontem entre FCPORTO e FARENSE, no qual o Farense fez um anti-jogo desesperante para qualquer adepto portista. Não se jogou à bola para se conseguir os objetivos, um simples empate, um simples ponto para a equipa do Algarve, neste caso. Mas a solução para este estilo de jogo medíocre passa sempre peloes jogadores simularem lesões e passar o máximo de tempo no chão e disto estamos fartos. Infelizmente, tudo isto é aprendido desde cedo, do escalão de infantis ou até entes, em qualquer clube português, julgo. Falo do FCPORTO mas estas situações acontecem, infelizmente, em grande parte dos jogos, desde a 1a Liga, aos Campeonatos Distritais, onde os jogos, no final e observando as estatísticas resultam num tempo jogado correspondente a muitos poucos minutos. Olhando para Inglaterra e ao percebermos que por lá a verdadeira magia do futebol é praticada, sempre em defesa do jogo e do futebol, e com a critica ruidosa em caso dr situações que não defendam a qualidade do jogo (perdas de tempo, simulações, jogo defensivo, etc.). ⚽🇵🇹 Merecemos mais qualidade e maior cultura futebolística. ⚽🇵🇹

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

Praça 25 de Abril

Mais uma excelente receção à Volta a Portugal em Bicicleta na "sala de visitas do Minho". 🚴🚵🇵🇹👌

Volta a Portugal

Boticas - Fafe 🚴🚵🇵🇹🚲
8a Etapa da 84a Volta a Portugal em Bicicleta - 146,7Km
Sigam as instruções de segurança. 👮🚦🚨🛑⛔🚫

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

Casas mais caras de Portugal

O idealista decidiu compilar as 10 casas de luxo mais caras à venda em Portugal. 

Aqui ficam por Distrito/Região Autónoma, Localização, Preço (€), M2 e respectivo Link. 

Aveiro Oliveira de Azeméis 5 500 000 732 www.idealista.pt/32708165

Beja Salvada e Quintos 6 470 000 784 www.idealista.pt/32605806

Braga Nogueró e Tenões 4 000 000 870 www.idealista.pt/31923888

Bragança Sé - Santa Maria - Meixedo 1 650 000 216 www.idealista.pt/32633512

Castelo Branco Castelo Branco 1 600 000 851 www.idealista.pt/31379740

Coimbra Santo António dos Olivais 2 900 000 1 www.idealista.pt/31281584

Évora São Bartolomeu 2 950 000 1 189 www.idealista.pt/32790619

Faro Albufeira e Olhos de Água 24 500 000 407 www.idealista.pt/31799715

Guarda Pinhel 1 200 000 1 592 www.idealista.pt/31797264

Leiria Óbidos 3 900 000 545 www.idealista.pt/32429179

Lisboa Paço de Arcos 12 500 000 900 www.idealista.pt/32248920

Portalegre Avis 2 690 000 889 www.idealista.pt/32663950

Porto Vilar do Paraíso 8 000 000 1 021 www.idealista.pt/32069608

R. A. da Madeira Funchal 4 990 000 1 050 www.idealista.pt/32453743

R. A. dos Açores Ponta Delgada 3 100 000 1 www.idealista.pt/32757728

Santarém Torres Novas 5 500 000 3 912 www.idealista.pt/31970184

Setúbal Azeitão 12 000 000 3 www.idealista.pt/32182227

Viana do Castelo Valença 2 435 000 1 311 www.idealista.pt/30993091

Viseu Lamego 2 500 000 655 www.idealista.pt/32719817

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

Portaria 255/2023

Foi publicada em Diário da República a 7 de agosto, a Portaria n.º 255/2023, que aprova o conteúdo obrigatório do projeto de execução, bem como o novo conteúdo obrigatório das várias fases do projeto, (programa preliminar, programa base, estudo prévio, anteprojeto ou projeto base e o projeto de execução).

 São também aprovados os procedimentos e normas a adotar na elaboração e faseamento de projetos de obras públicas, designados como “instruções para a elaboração de projetos de obras”, assim como, a classificação de obras por categorias, que constam respetivamente dos anexos I e II da Portaria n.º 255/2023.

Conforme preâmbulo da Portaria, as alterações foram norteadas pelas seguintes orientações principais:
– Atualizar e completar os conceitos e definições;
– Aperfeiçoar e desenvolver os requisitos mínimos exigidos em cada fase do projeto;
– Completar e atualizar as especificações de projeto definidas para cada tipo de obra;
– Atribuir maior responsabilização aos autores do projeto;
– Ajustar as fases de projeto aos atuais conceitos de gestão na execução das obras;– Introduzir maior rigor nas estimativas orçamentais elaboradas nas diferentes fases do projeto;
– Completar e atualizar as especificações de projeto definidas para cada tipo de obra;
– Introduzir os modelos paramétricos desenvolvidos com recurso à metodologia BIM na elaboração dos projetos de obra pública.

 Este diploma procede à revogação da Portaria n.º 701-H/2008, de 29 de julho, e entra em vigor no dia 6 de setembro de 2023, (prazo de 30 dias após a sua publicação no Diário da República).

http://www.oern.pt/noticia/2795/novas-instrucoes-para-a-elaboracao-de-projetos-de-obras

domingo, 6 de agosto de 2023

Sempre presentes 🙏👨🏼‍🚒🚨🚒🚑

Missa JMJ 2023

Resplandecer, ouvir e, por fim, não temer. São as últimas palavras que Jesus pronuncia no monte para animar os discípulos assustados: «Levantai-vos e não tenhais medo» (Mt 17, 7). Uma ideia que nos Evangelhos é tão repetida: “Não tenham medo”.  🙏🤍

sábado, 5 de agosto de 2023

Discursos JMJ 2023

Uma Igreja para Todos, Todos, Todos.

Estas Jornadas Mundiais da Juventude têm sido marcadas por discursos do Santo Padre contagiantes, para milhares de jovens que sentem, como o Papa Francisco, que a Igreja tem de reconhecer os erros e viver de portas sempre abertas a Todos - não ser apenas do Clero. Já vimos o Papa a pedir perdão às vítimas dos abusos sexuais dos representantes da Igreja, e aqui, não fugiu ao tema, não censurou este assunto e não pediu para que os outdoors de Oeiras fossem tapados - foi uma decisão política. E aqui vemos a Igreja, com este Papa, querendo sair de um conservadorismo e de um silêncio hipócrita. Mas, também nos Seus discursos, o Papa, já falou nos transsexuais e em temas populistas da eutanásia e do aborto, aqui, em defesa da vida. Até já citou alguns poetas, entre eles um opositor à Igreja Católica, Saramago, transmitindo, mais uma vez, a Igreja de Todos e o Perdão. O Sumo Pontífice também já se referiu à Ucrânia, e alertou os governos para as condições de vida dos jovens. Passados 2023 anos, este Papa continua a transmitir muita Fé e é neste exemplo que a Igreja tem de caminhar. 🙏

quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Discurso do Papa nas JMJ 2023

Saúdo-vos cordialmente e agradeço ao Senhor Presidente o acolhimento e as amáveis palavras que me dirigiu. Estou feliz por estar em Lisboa, cidade do encontro que abraça vários povos e culturas e que, nestes dias, se mostra ainda mais universal; torna-se, de certo modo, a capital do mundo. Isto condiz bem com o seu caráter multiétnico e multicultural (penso, por exemplo, no bairro da Mouraria, onde convivem pessoas provenientes de mais de sessenta países) e revela os traços cosmopolitas de Portugal, que afunda as suas raízes no desejo de se abrir ao mundo e explorá-lo, navegando rumo a novos e amplos horizontes.

Não muito longe deste lugar, no Cabo da Roca, está gravada a frase dum grande poeta desta cidade: «Aqui... onde a terra se acaba e o mar começa» (L. Vaz de Camões, Os Lusíadas, canto III, 20). Durante séculos, acreditou-se que lá estivessem os confins do mundo. E em certo sentido é verdade, porque este país confina com o oceano, que delimita os continentes. E, do oceano, Lisboa conserva o abraço e o perfume. Faço meu, com muito gosto, aquilo que os portugueses costumam cantar: «Lisboa tem cheiro de flores e de mar» (A. Rodrigues, Cheira bem, cheira a Lisboa, 1972). Muito mais do que um elemento paisagístico, o mar é um apelo que não cessa de ecoar no ânimo de cada português, podendo uma vossa poetisa celebrá-lo como «mar sonoro, mar sem fundo, mar sem fim» (S. de Mello Breyner Andresen, Mar sonoro). À vista do oceano, os portugueses são levados a refletir sobre os imensos espaços da alma e sobre o sentido da vida no mundo. Nesta linha, gostaria também eu de partilhar convosco algumas reflexões, deixando-me levar pela imagem do oceano.

Segundo a mitologia clássica, Oceano é filho do céu (Urano): a sua vastidão leva os mortais a olharem para cima elevando-se para o infinito. Ao mesmo tempo, Oceano é filho da terra (Gea) que abraça, convidando assim a envolver de ternura todo o mundo habitado. Com efeito, o oceano não liga apenas povos e países, mas também terras e continentes; por isso Lisboa, cidade do oceano, lembra a importância do conjunto, a importância de conceber as fronteiras, não como limites que separam, mas como zonas de contacto. As grandes questões hoje, como sabemos, são globais e já muitas vezes tivemos de fazer experiência da ineficácia da nossa resposta às mesmas, precisamente porque o mundo, diante de problemas comuns, se mantém dividido ou pelo menos não suficientemente unido, incapaz de enfrentar juntos aquilo que nos põe em crise a todos. Parece que as injustiças planetárias, as guerras, as crises climáticas e migratórias correm mais rapidamente do que a capacidade e, muitas vezes, a vontade de enfrentar em conjunto tais desafios.

Lisboa pode sugerir uma mudança de ritmo. Em 2007, foi assinado aqui o homónimo Tratado de reforma da União Europeia. Nele se lê que «a União tem por objetivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus povos» (Tratado de Lisboa que altera o Tratado da União Europeia e o Tratado que institui a Comunidade Europeia, art. 1.4/2.1); mas vai mais longe afirmando que, «nas suas relações com o resto do mundo (...), contribui para a paz, a segurança, o desenvolvimento sustentável do planeta, a solidariedade e o respeito mútuo entre os povos, o comércio livre e equitativo, a erradicação da pobreza e a proteção dos direitos humanos» (art. 1,4/2.5). Não se trata apenas de palavras, mas de marcos miliários no caminho da comunidade europeia, esculpidos na memória desta cidade. Este é o espírito do conjunto, animado pelo sonho europeu dum multilateralismo mais amplo do que o mero contexto ocidental.

Segundo uma etimologia, que é objeto de discussão, o nome Europa derivaria duma palavra que indica a direção do Ocidente. O certo é que Lisboa constitui a capital mais ocidental da Europa continental, lembrando a necessidade de abrir caminhos de encontro mais vastos, como aliás Portugal está a fazer sobretudo com os países de outros continentes irmanados pela mesma língua. Espero que a Jornada Mundial da Juventude seja, para o «velho continente», velho, digamos, continente antigo, um impulso de abertura universal. Na verdade, o mundo tem necessidade da Europa, da Europa verdadeira: precisa do seu papel de construtora de pontes e de pacificadora no Leste europeu, no Mediterrâneo, na África e no Médio Oriente. Assim poderá a Europa trazer, para o cenário internacional, a sua originalidade específica; vimo-la delineada no século passado quando, do crisol dos conflitos mundiais, fez saltar a centelha da reconciliação, tornando verdadeiro o sonho de se construir o amanhã juntamente com o inimigo de ontem, o sonho de abrir percursos de diálogo e inclusão, desenvolvendo uma diplomacia da paz que extinga os conflitos e acalme as tensões, capaz de captar o mais débil sinal de distensão e de o ler por entre as linhas mais tortas da realidade.

No oceano da história, estamos a navegar num momento tempestuoso e sente-se a falta de rotas corajosas de paz. Olhando com grande afeto para a Europa, no espírito de diálogo que a carateriza, apetece perguntar-lhe: Para onde navegas, se não ofereces percursos de paz, vias inovadoras para acabar com a guerra na Ucrânia e com tantos conflitos que ensanguentam o mundo? E ainda, alargando o campo: Que rota segues, Ocidente? A tua tecnologia, que marcou o progresso e globalizou o mundo, sozinha não basta; e muito menos bastam as armas mais sofisticadas, que não representam investimentos para o futuro, mas empobrecimento do verdadeiro capital humano que é a educação, a saúde, o Estado social. Fica-se preocupado ao ler que, em muitos lugares, se investem continuamente os recursos em armas e não no futuro dos filhos. Investe-se mais nas fábricas de armas do que no futuro dos filhos. Sonho uma Europa, coração do Ocidente, que use o seu engenho para apagar focos de guerra e acender luzes de esperança; uma Europa que saiba reencontrar o seu ânimo jovem, sonhando a grandeza do conjunto e indo além das necessidades imediatas; uma Europa que inclua povos e pessoas, com a própria cultura, sem correr atrás de teorias e colonizações ideológicas. Aqui penso no pai fundador da União Europeia, que sonhava em grande.

Com a sua imensa vastidão de água, o oceano recorda as origens da vida. No mundo evoluído de hoje, paradoxalmente, tornou-se prioritário defender a vida humana, posta em risco por derivas utilitaristas que a usam e descartam. Penso em tantas crianças não-nascidas e idosos abandonados a si mesmos, na dificuldade de acolher, proteger, promover e integrar quem vem de longe e bate às nossas portas, no desamparo em que são deixadas muitas famílias com dificuldade para trazer ao mundo e fazer crescer os filhos. Também aqui apetece perguntar: Para onde navegais, Europa e Ocidente, com o descarte dos idosos, os muros de arame farpado, as mortandades no mar e os berços vazios? Para onde ides se, perante o tormento de viver, vos limitais a oferecer remédios rápidos e errados como o fácil acesso à morte, solução cómoda que parece doce, mas na realidade é mais amarga que as águas do mar? Penso em tantas leis sofisticadas sobre a eutanásia...

Mas Lisboa, abraçada pelo oceano, oferece-nos motivos para esperar. Há uma maré de jovens que se espraia sobre esta cidade acolhedora. Quero agradecer o grande trabalho e generoso empenho empreendidos por Portugal para acolher um evento tão complexo de gerir, mas fecundo de esperança, pois – como se diz por aqui – «ao lado dos jovens, não se envelhece». Jovens provenientes de todo o mundo que cultivam anseios de unidade, paz e fraternidade, desafiam-nos a realizar os seus sonhos bons. Não andam pelas ruas a gritar sua raiva, mas a partilhar a esperança do Evangelho - a esperança da vida. E se, em muitos lugares, se respira hoje um clima de protesto e insatisfação, terreno fértil para populismos e conspirações, a Jornada Mundial da Juventude é uma ocasião para construir juntos. Reaviva o desejo de criar coisas novas, fazer-se ao largo e navegar juntos rumo ao futuro. Vêm à mente algumas palavras ousadas de Fernando Pessoa: «Navegar é preciso; viver não é preciso (...); o que é necessário é criar» (Navegar é preciso). Trabalhemos, pois, com criatividade para construirmos juntos! Imagino três estaleiros de construção da esperança onde podemos trabalhar todos unidos: o ambiente, o futuro, a fraternidade.

O futuro é o segundo estaleiro de obras. E o futuro são os jovens. Mas muitos fatores os desanimam, como a falta de trabalho, os ritmos frenéticos em que se veem imersos, o aumento do custo de vida, a dificuldade de encontrar uma casa e, ainda mais preocupante, o medo de constituir família e trazer filhos ao mundo. Na Europa e em geral no Ocidente, assiste-se a uma triste fase descendente na curva demográfica: o progresso parece ser uma questão que diz respeito ao desenvolvimento técnico e ao conforto dos indivíduos, enquanto o futuro pede para se contrariar a queda da natalidade e o declínio da vontade de viver. A boa política pode fazer muito neste sentido; pode gerar esperança. Com efeito, não é chamada a conservar o poder, mas a dar às pessoas a possibilidade de esperar. É chamada, hoje mais do que nunca, a corrigir os desequilíbrios económicos dum mercado que produz riquezas mas não as distribui, empobrecendo de recursos e de certezas os ânimos. É chamada a voltar a descobrir-se como geradora de vida e de cuidado da criação, a investir com clarividência no futuro, nas famílias e nos filhos, a promover alianças intergeracionais, onde não se apague o passado mas se favoreçam os laços entre jovens e idosos. A isto mesmo faz apelo o sentimento da saudade portuguesa, que exprime nostalgia, desejo dum bem ausente, que só renasce em contacto com as próprias raízes. Neste sentido, é importante a educação, que não pode limitar-se a fornecer noções técnicas para se progredir economicamente, mas destina-se a introduzir numa história, transmitir uma tradição, valorizar a necessidade religiosa do homem e favorecer a amizade social.

O último estaleiro de esperança é o da fraternidade, que nós, cristãos, aprendemos do Senhor Jesus Cristo. Em muitas partes de Portugal, está ainda muito vivo o sentido de vizinhança e solidariedade. Contudo, no contexto geral duma globalização que nos aproxima mas não nos dá uma proximidade fraterna, somos todos chamados a cultivar o sentido da comunidade, começando por ir ter com quem vive ao nosso lado. Com efeito, como observou Saramago, «o que dá verdadeiro sentido ao encontro é a busca; e é preciso andar muito, para se alcançar o que está perto» (Todos os nomes, 1997). Como é bom voltar a descobrir nos irmãos e irmãs, trabalhar pelo bem comum, deixando para trás contrastes e diferenças de visão! Também aqui servem de exemplo os jovens que nos levam, com o seu grito de paz e ânsia de vida, a derrubar as rígidas divisórias de pertença erguidas em nome de opiniões e crenças diversas. Soube de muitos jovens que cultivam, aqui, o desejo de se fazerem próximo dos outros; penso na iniciativa «Missão País», que leva milhares de jovens a viver no espírito do Evangelho experiências de solidariedade missionária em zonas periféricas, sobretudo nas aldeias do interior, indo ao encontro de muitos idosos sozinhos. Quero agradecer e encorajar a tantos que na sociedade portuguesa se preocupam com os outros, nomeadamente a Igreja, e que fazem tanto bem mesmo longe dos holofotes. Sintamo-nos chamados, todos juntos fraternalmente, a dar esperança ao mundo em que vivemos e a este magnífico país. Deus abençoe Portugal!